Segundo Joel Birman (2010), desde a antiguidade a mania e a melancolia são considerados perturbações da alma e independentes, onde se via com igualdade de relação entre elas, podendo-se alterar, considerada ate o início do século XIX.
Mas na metade do século XIX surgiu outra teoria, vinda de uma psiquiátrica Francesa. Em 1851 e 1854, Falret e Baillarger descreveram a existência mais uma enfermidade, que foi chamada de loucura peculiar ou loucura circular caracterizada pela reprodução sucessiva e regular dos estados maníacos. Para Baillarger a considerava como loucura de dupla forma caracterizada por dois períodos, um de agitação e outro de depressão.
Em 1883 Ritti com as leituras de Falret e Baillarger, passou a sustentar na frança a Hipotese de uma enfermidade única, caracterizada por crises regulares de mania e melancoliana mesma pessoa. Na Alemanha vários autores também estudavam a nova enfermidade denominada de psicose periódica.
Mas foi Kraepelin que em 1899 descreveu todos os estados de transição existentes entre as crises maníacas e melancólicas, ele engloba todas as psicoses anteriores e as denomina de loucura maíaco-depressiva, passando a considerá-la como uma “Psicose Endogena”, contudo excluiu a melancolia do registro clinico da loucura maníaco-depressiva mantendo ela como enfermidade independente.
A partir dessa nova leitura o campo psiquiátrico moldou a loucura maíaco-depressiva, essa leitura foi um marco na psiquiatria brasileira que até então se inspirava na tradição francesa e a partir das idéias de kraepelin a tradição alemã passa a dar as cartas, na tradição psiquiátrica brasileira.
Assim, antes de delinear a leitura da loucura maníaco-depressiva no Brasil, nu inicio do século XX, foi destacados os aspectos importantes na visão de Kraepelin sobre a psiquiatria, que Marcaram o campo disciplinar.
A concepção de endógena que se destacou na leitura de loucura maíaco-depressiva feita por Kraepelin mas também de periculosidade social representadas pelos enfermos mentais.
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